Brasão de Armas da Companhia Logística Nº 6
De acordo com a informação Nº 107-RHM/95 Pº Nº 277.13, de 26JUL95, da Direção de Documentação e História Militar as Armas da Companhia Logística Nº 6, têm a seguinte constituição:
- Escudo de negro, uma gavela de ouro, acompanhada de seis rodas de prata, dispostas em duas palas;
- Elmo militar de prata, forrado de vermelho, a três quartos para a dextra;
- Correia de vermelho, perfilada de ouro;
- Paquife e virol de negro e de ouro;
- Timbre: um Pégaso de negro;
- Divisa: num listel de prata, ondulado, sotoposto ao escudo, em letras de negro, maiúsculas, de estilo elzevir "A QVEM NENHVM TRABALHO PESA E AGRAVA"
Simbologia e alusão das peças:
O NEGRO do campo alude à terra fértil que alimenta a vida da mesma forma que a logística alimenta e faz combater as tropas.
A GAVELA simboliza a abundância e a riqueza, traduzindo a ideia do completo cumprimento da missão de gestão de recursos materiais. Enquanto constituída pela reunião de espigas, a gavela representa também a força coletiva resultante da conjugação dos esforços individuais. Em diversas sociedades africanas, a última gavela de uma colheita desempenha um importante papel nos ritos agrários, visto que ela representa o último laço com as divindades ligadas à fertilidade. Essa gavela concentra, pois, em si a todas as esperanças de regresso das colheitas férteis, no imperecível ciclo da vida.
AS RODAS representam a componente de transportes e de um controlo de movimentos atribuída como missão à Companhia de Logística, são em número de seis numa referência à designação numérica da companhia.
O PÉGASO símbolo da rapidez e prontidão, segundo a mitologia grega, foi enviado com Júpiter para domar o monte Hélicon, o mítico cavalo alado golpeou então a terra e no sítio onde os seus cascos se tinham cravado, surgiu uma fonte de água cristalina a que se deu o nome de Hipocrene. Nesse sentido, Pégaso representa a vocação para pôr cobro aos distúrbios decorrentes de conflitos; a fonte límpida simboliza pureza da paz almejada.
A DIVISA "A QVEM NENHVM TRABALHO PESA E AGRAVA", Lusíadas X-18, marca a constante disponibilidade e legítimo orgulho sentido por uma Unidade portuguesa em participar numa missão internacional de paz.
Os esmaltes significam:
- OURO, firmeza e constância;
- A PRATA, franqueza e humildade;
- NEGRO, honestidade e sabedoria.
© Jornal do Exército
O Escudo, elemento central
Quando olhamos para uma composição heráldica vemos, como elemento central, o Escudo, que é a arma que outrora encobria o guerreiro e o defendia do inimigo. Nele se pintavam ou gravavam desenhos que simbolizavam as façanhas do seu possuidor ou dos seus antepassados. Era o seu “cartão de visita”.
O escudo é a parte essencial de umas armas, aquela que encerra mais informação.
Outrora, com cerca de 60 centímetros de largura, hoje, com apenas quatro, e uma função meramente distintiva, deve continuar a ser designado por escudo e não por "crachá", galicismo cujo significado em nada prestigia quem o ostenta.
Elementos exteriores
Como elementos exteriores ao escudo, podemos encontrar:
-a Correia, cuja finalidade é suspender o escudo. Aparece quase sempre de um modo pouco perceptível entre este e o elmo. Nas armas das unidades do nosso Exército, a correia é sempre "de vermelho perfilada de ouro";
-o Elmo, peça da armadura da cabeça, que se desenha por cima e a meio do escudo: o Exército usa o elmo trecentista de prata, forrado de vermelho e voltado a três quartos para a dextra;
-o Paquife, que originalmente era uma peça de pano que servia para proteger o elmo da ação dos raios solares e que se prolongava pelas costas do combatente. Tal como o virol, do qual nasce, é iluminado com os esmaltes principais do escudo. Nunca tem o aspeto de pano inteiro: apresenta-se rasgado, formando várias fitas dispostas caprichosamente, o que faz imaginar que os combates anteriores teriam sido violentos;
-o Virol, pequeno rolo circular colocado sobre o elmo para amortecer os golpes de armas cortantes ou contundentes, desferidos de cima para baixo. É iluminado com os esmaltes principais do escudo;
-o Timbre, que, na sua origem, era um conjunto de peças tridimensionais, moldadas em gesso ou fundidas em chumbo, que se fixavam ao elmo, aparecendo por cima do virol como prolongamento simbológico externo do escudo. É de boa tradição heráldica representar um animal como timbre;
-a Divisa, frase exprimindo um pensamento ou uma linha de ação sempre em consonância com a missão da unidade. Inscreve-se num listel colocado por baixo do escudo.
Os Esmaltes
A Heráldica emprega um número limitado de esmaltes, classificados em metais e cores. Os metais são dois, o ouro e a prata; as cores são cinco: o vermelho, o azul, o verde, a púrpura e o negro. Como regra fundamental nunca se utiliza metal sobre metal ou cor sobre cor.
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